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Que a Inteligência artificial (IA) está em alta ninguém pode negar, presente desde itens simples do dia a dia, como TV e GPS, até estudos com robôs humanoides que são capazes de obedecer comandos e aprender tarefas. E claro, quem nunca ouviu falar em chatgpt, né?
Tá, mas o que o câncer de mama tem a ver com isso?
Primeiro, vamos falar sobre o que é Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial é uma tecnologia que permite que computadores e máquinas possam simular resolução de problemas com capacidade humana. Quando combinada com outras tecnologias, como sensores, geolocalização e robótica, a IA pode realizar tarefas que antes exigia interação humana.
Os riscos das IA’s
Quem é fã de cinema com certeza lembra imediatamente que, em todos os filmes com robôs e outras formas de inteligência artificial ganham espaço, o resultado é catastrófico. Mas claro, vale lembrar que ninguém assistiria um filme em que os robôs são amigos e parceiros da comunidade, qual seria a graça?
Então é importante entender que ficção é ficção, e a realidade (esperamos, rs) será muito diferente.
Um dos campos de pesquisa, por exemplo, é no uso da IA na medicina.
Estudo do uso da Inteligência Artificial na identificação precoce do câncer de mama
Imagine como seria se fosse possível identificar um tumor antes mesmo dela se manifestar?
Esse tem sido o foco de pesquisa em diversas instituições em países afora.
No Brasil, a startup brasileira Huna e o grupo Fleury lideram um dos estudos sobre o uso da Inteligência Artificial para diagnosticar câncer de mama, e a ferramenta já se encontra em fase de teste. A tecnologia, que já tem sido usada para ler resultados de exames diversos, apresentou que pode ser uma aliada importante na detecção precoce do câncer de mama através de análise de um exame simples de sangue, identificando padrões ocultos associados ao aumento do risco da doença, potencialmente evitando diagnósticos tardios.
O estudo incluiu exames de mulheres de diferentes estágios da doença, desde as de estágio tão iniciais que é indetectável na mamografia, sendo confirmado via biópsia.
O diagnóstico tardio é uma das principais causas de perdas de casos de câncer de mama.
“A Inteligência Artificial atua como uma lente que não apenas observa variações isoladas, mas também as relações entre diferentes componentes do exame de sangue. Ela é capaz de identificar padrões distintos presentes no grupo afetado pela doença, os quais se distinguem do grupo saudável, mas que podem passar despercebidos inicialmente. A IA pode, por exemplo, detectar o aumento da razão entre neutrófilos e linfócitos, um indicador precoce da doença e que pode não ser evidente à primeira vista”, ensina Daniella Castro Araújo, PhD em IA, CTO e cofundadora da Huna, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia inovadora.
Próximos passos do estudo
Agora que a fase de teste foi concluída, o próximo passo é conseguir todas as aprovações para incluir a Inteligência Artificial no mundo real, ou seja, nas operadoras de saúde e no SUS.
“Quase 80% das mulheres brasileiras não têm acesso à mamografia, exame crucial para o diagnóstico precoce do câncer de mama, responsável por taxa de cura de 99%. Com nossa solução, pretendemos priorizar mulheres mais expostas aos riscos, ajudando a otimizar a fila para a mamografia”, explica a pesquisadora.
Outro campo de estudo utiliza a Inteligência Artificial para leitura profunda de mamografia prevendo o câncer de mama com até 5 anos de antecedência
Um estudo diferente, mas com o mesmo objetivo também tem sido realizado pela equipe do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência da Computação (CSAIL) do MIT e do Hospital Geral de Massachusetts (MGH), criando um novo modelo de aprendizagem profunda que pode prever a partir de uma mamografia se um paciente desenvolver câncer de mama como cinco anos no futuro. Treinado em mamografias e resultados conhecidos de mais de 60.000 pacientes com MGH, o modelo aprendeu os padrões sutis no tecido mamário que são precursores de tumores malignos.
“Se validado e disponibilizado para uso generalizado, isso pode realmente melhorar nossas estratégias atuais para estimar o risco.” Diz Allison Kurian, professor associado de medicina e pesquisa / política em saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford.
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Barzilay, que é professor da Delta Electronics no CSAIL e no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação. no MIT e membro do Instituto Koch para Pesquisa Integrativa sobre o Câncer no MIT, diz que seu sistema também pode, um dia, permitir que os médicos usem mamogramas para verificar se os pacientes correm maior risco de ter outros problemas de saúde, como doenças cardiovasculares ou outros tipos de câncer. Os pesquisadores estão ansiosos para aplicar os modelos a outras doenças e enfermidades, especialmente àquelas com modelos de risco menos eficazes, como o câncer de pâncreas.
O que esperar do futuro da medicina com a Inteligência Artificial
O futuro é extremamente promissor. Além de diagnósticos precoces em doenças de alto nível, outros estudos estão sendo realizados para o uso da Inteligência Artificial em diversos ramos da medicina.
Suporte médico profissional
A IA é aplicada para apoiar os profissionais de admissão em instalações médicas. Um projeto piloto da Universidade de Stanford usa algoritmos para determinar se os pacientes são de alto risco o suficiente para precisar de cuidados na UTI ou experimentar eventos relacionados ao código ou aqueles que requerem equipes de resposta rápida.
Eles avaliam a probabilidade desses eventos ocorrerem dentro de uma janela de seis a 18 horas, ajudando os médicos a tomar decisões mais confiantes.
Engajamento do paciente
Os hospitais usam chatbots de IA para fazer check-in com os pacientes e obter as informações necessárias mais rapidamente, como verificar os sintomas e as recuperações dos pacientes, otimizando assim o tempo de atendimento.
Cirurgia
Na ala cirúrgica a inteligência artificial também não tem sido diferente, já é possível utilizar robôs cirúrgicos que são minimamente invasivos e geralmente alcançam resultados superiores às intervenções não robóticas, como parceiros dos cirurgiões.
Medicina remota
A telemedicina tem se tornado mais comum desde a pandemia do covid-19.
Segundo o Dr. Ricardo Savoldelli, Especialista em Medicina Física e Reabilitação da Nobre Saúde, as principais tendências no uso da IA associada à telemedicina incluem o uso de IA para monitoramento remoto de pacientes, ou seja, o profissional de saúde consegue saber como estão os parâmetros vitais como batimentos cardíacos, pressão arterial ou se o paciente está realizando atividade física, mesmo estando fora do hospital ou consultório, a quilômetros de distância ou até mesmo em outro país. O uso de dispositivos médicos “vestíveis” ou wearables, como relógios inteligentes está expandindo, difundindo e facilitando esse monitoramento.
”No geral, o uso da IA na telemedicina tem o potencial de melhorar a qualidade do atendimento, reduzir custos e aumentar o acesso aos serviços de saúde para os pacientes”, afirmou o especialista.
A telemedicina tem tornado possível que pessoas em regiões remotas e com poucas opções médicas, tenham atendimento, diagnóstico, tratamento e acompanhamento totalmente de forma online, oferecendo acessibilidade aos cuidados com a saúde em lugares inimagináveis.
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