Conheça a diferença
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Apesar do que muitos acreditam, a intolerância à lactose e alergia à proteína do leite não são a mesma coisa, e nós vamos falar um pouquinho sobre a diferença entre eles, e a importância de se ter um diagnóstico correto para o melhor tratamento.
Você sabia que um terço da população sofre de desconforto causado pelo leite?
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que no Brasil, certa de 35% das pessoas acima de 16 anos relatam algum desconforto digestivo após o consumo de alimentos derivados pelo leite, cerca de 53 milhões de pessoas, mas dessas, 82% não buscaram por nenhum diagnóstico.
Intolerância à lactose
Conhecida popularmente como o “açúcar do leite”, a lactose representa aproximadamente 4,7% da composição do leite, e isso pode ser um problema quando o seu organismo não consegue digerir essa substância. Vamos explicar.
A enzima responsável por realizar a quebra do carboidrato da lactose no nosso organismo se chama lactase, e em casos em que há deficiência parcial ou total na sua produção, o açúcar do leite passa pelo intestino delgado sem ser digerido e alcança o intestino grosso (cólon), onde as bactérias presentes o metabolizam em gases, que são os responsáveis pelos principais sintomas da intolerância à lactose.
Principais sintomas da intolerância à lactose
- dores abdominais;
- gases;
- diarreia;
- náuseas
A lactose está presente em todos os derivados de leite?
Com o aumento dos casos de intolerância a lactose, principalmente em adultos, os produtores de laticínios já tem trabalhado em opções sem lactose, o que tem contribuído para uma melhor qualidade de vida à todos aqueles que sofrem desse desconforto.
Outra informação importante é que a quantidade de lactose varia entre os alimentos lácteos, assim tornando alguns consumos mais toleráveis. Confira a lista abaixo com a porcentagem média de gramas de lactose no leite e derivados (g%)
- Leite condensado – 12,3
- Leite humano – 7,5
- Leite de vaca – 3,5 a 4,7
- Coalhada – 3,9
- Iogurte – 3,8
- Queijo cottage– 3,0
- Queijo frescal–1,9
- Requeijão –1,6
- Queijo parmesão –1,0
- Queijo muçarela – 0,1
- Manteiga – apresenta pouquíssima lactose, pois ela é feita a partir da gordura do leite, não do açúcar.
É importante sempre ler os rótulos do produtos para identificar se tem ou não lactose.
Tá, mas qual a diferença da intolerância à lactose para a alergia à proteína do leite?
A principal diferença está na forma em que a condição é tratada pelo organismo, enquanto intolerância à lactose acontece, geralmente já em fase adulta se trata de um processo de deficiência da enzima responsável pela digestão do elemento, a alergia à proteína do leite (APLV) é uma relação do sistema imune do organismo contra essas proteínas e acontece, geralmente, nos primeiros 2 anos de vida, onde o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento no bebê.
Os sintomas também podem ser diferentes, onde além do desconforto abdominal, a pessoa também pode apresentar:
- erupção cutânea;
- urticária;
- inchaço nos olhos e boca;
- tosse;
- anafilaxia.
APLV nos primeiros meses de vida
A alergia à proteína do leite é mais comum de se apresentar nos primeiros 12 meses de vida do bebê e na maioria dos casos é resolvido naturalmente a partir dos 3 anos.
Nesses casos, o consumo da proteína deve ser evitado pela mãe do bebê, enquanto ela estiver amamentando, e o médico responsável deverá fazer todas as orientações em relação à introdução natural da proteína ao longo do tempo, para assim identificar a imunização.
Quem tem alergia pode ingerir produtos sem lactose?
Como falamos anteriormente, são elementos diferentes.
O leite de vaca é composto por proteínas, açúcar do leite (lactose) e gordura, isso significa que um produto sem lactose continua tendo a proteína do leite que é o foco principal da APLV, então pessoas com a condição de alergia à proteína do leite não pode consumir nenhum alimento derivado do leite de vaca, pois a proteína está presente em todos eles.
Como identificar e tratar ambas as condições?
O primeiro passo é ficar atento aos sintomas e procurar um médico gastroenterologista, o nutrólogo ou alergologista, que são geralmente as especialidades que podem auxiliar nesse diagnóstico.
Como o APLV aparece geralmente nos primeiros meses de vida, é importante que os pais se atentem aos sintomas do seu bebê e possam relacionar com a alimentação da mãe, enquanto a mesma ainda amamenta. Já a intolerância à lactose raramente acontece nos primeiros 5 anos de vida, sendo mais comum na vida adulta.
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