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Conhecida como “a pior dor do mundo” segundo a medicina, a neuralgia do trigêmeo é uma dor crônica que afeta o nervo do trigêmeo, levando a sensações de choques ou até mesmo facadas na região da face. A sensação é causada pela diminuição ou perda da Bainha de Mielina que faz com que o nervo se aproxime de outras estruturas como, artérias ou veias.
Onde a dor da neuralgia do trigêmeo fica localizada
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O nervo do trigêmeo chega a nossa face dividida em três partes: divisão oftálmica, divisão maxilar e divisão mandibular, o mesmo é responsável por controlar a sensibilidade fácil e da musculatura da mastigação. A dor geralmente atinge essas mesmas regiões, podendo ocorrer do lado direito ou esquerdo.
Alguns estímulos simples como falar, mastigar, sentir brisas e ventos, ou até mesmo toques cutâneos podem ser o suficiente para despertar dores super fortes.
O que causa a neuralgia do trigêmeo?
A neurocirurgiã da Hcor explica que as causas podem ser idiopáticas ou secundárias.
Idiopáticas são as que não são representadas na ressonância, e a causa está ligada a alguma artéria ou veia que esteja próxima e que acabe entrando em contato com o nervo do trigêmeo.
Secundárias estão totalmente ligadas a problemas de saúde, como tumores, infecções virais, herpes zóster, entre outros.
Sintomas da neuralgia do trigêmeo
Ainda que a neuralgia do trigêmeo seja uma doença que facilmente possa ser confundida com problemas dentários, pelo fato de ambas as dores estarem localizadas no mesmo lugar, a neuralgia pode ser identificada quando houver:
- Dores semelhantes a choques;
- Dores fortes ao ponto de serem incapacitantes;
- Acometer o nervo do trigêmeo;
- Dores que vem e vão de maneira rápida muitas vezes ao dia.
Tratamento para neuralgia do trigêmeo
A neuralgia do trigêmeo é uma doença que não possui cura, mas existem tratamentos e cirurgias para que as pessoas possam ter uma qualidade de vida melhor.
Embora a medicação seja de grande eficácia, ao longo do tempo, pelo menos 50% das pessoas que sofrem da neuralgia do trigêmeo precisam se submeter a cirurgias de descompressão. Isso ocorre porque muitas vezes a medicação passa a não controlar mais a dor ou provocar algum efeito colateral no paciente.
Como é feito o diagnóstico da neuralgia do trigêmeo
O diagnóstico é totalmente clínico levando em conta o histórico médico do paciente, o mais comum é o pedido de uma ressonância magnética do encéfalo, de modo que ele mostre se há compressão do nervo por alguma estrutura vascular ou tumor.
Caso Carolina Arruda e a neuralgia do trigêmeo
Carolina Arruda (27) natural de Bambuí – MG conta sua história de como a neuralgia do trigêmeo mudou sua vida há 11 anos.
Foi aos 16 anos, grávida e se recuperando da dengue que as dores começaram a surgir. Levou 7 anos até que ela encontrasse o neurocirurgião Marcelo Senna, experiente há 30 anos em neuralgia do trigêmeo, que foi o responsável pelo seu diagnóstico. Antes disso, Carolina passou por 27 médicos e sem obter sucesso. Há menos de um ano atrás suas dores começaram a se intensificar forçando-a a interromper sua graduação em veterinária onde estava no 9° período. Carolina ainda conta que sua perda mais dolorosa foi não poder criar sua filha, que hoje tem 10 anos.
“Perdi tudo o que tinha, inclusive minha filha, porque não tinha condições de cuidar dela. Foi a maior perda da minha vida: não poder criar minha filha. Com um ano, ela foi morar com a bisavó, pois eu não conseguia sequer segurá-la no colo” – relata ela.
Após vir a internet expressar seu desejo pela eutanásia e abrir uma vaquinha para arrecadar dinheiro para o feito, o caso de Carolina repercutiu e chegou até o médico especialista em dor Dr. Carlos Marcelo de Barros, presidente da SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor), que entrou em contato e ofereceu novas opções de tratamento.
Carolina então foi internada na Santa Casa de Alfenas – MG no dia 8 de julho, e dois dias depois foi levada a UTI para receber medicamentos. Depois de permanecer mais de 10 dias internada, Carolina recebeu alta no dia 22 de julho após concluir o primeiro passo do tratamento. A mesma foi internada novamente dia 26 de julho para a realização da cirurgia de implante dos neuroestimuladores que devem bloquear a passagem de dor, que aconteceu no último dia 27 de julho.
Vamos acompanhar o caso da Carolina e torcer para que ela fique bem 🙏
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